quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Os Satélites Também Caem



Esta noite sonhei que os satélites voavam baixinho,
Mantinham sua órbita em torno das minhas idéias...
Foi quando vi despencar do céu, grandiosa estrutura de metal,
Desmantelou meu pensamento e quase esmagou meu tísico querer.

Engraçado é que quanto mais eu corria, mais eu morria...
E ai se deu minha ironia, pois pensei no sonho fazer poesia,
Quando dei por mim estava caminhando em solo lunar,
Lá de longe vi a terra e todos os satélites evaporarem no ar.

Fui invadido por uma sabedoria desmedida, assombrosa,
Um conhecimento que não me pertencia, que não sei de onde vinha,
Eram fórmulas, conceitos, teorias, ideologias, sintomas de sabedoria;
Olho pra cima e lá estava o satélite rodopiando meu pensar...

No meu sonho quis ser passarinho, voar de volta pra casa,
Tirei do bolso caneta e papel e redesenhei o mundo meu.
Acordei aqui, sem asa e sem casa, sem herança cósmica;
Então veio o sol e clareou o meu dia...

Antônio Piaia

Um comentário:

  1. e tudo acaba como sempre começou...muito bom cara.
    bem sonoro e com bom movimento das idéias. ;]

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