sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Espelhos


Espelhos


Tão vaga promessa fiada
ao desconforto do descaso.
Não dizia nada a tua boca velada
no estreito silêncio do simplório sufoco.

Tua voz além da minha voz,
falaria ainda mais sobre nada ter a dizer...
Tortuosa sina de meus pensamentos errantes,
amarga a minha vida no momento inconstante.

Ao passo que sigo repito e repito...
São dias de sono, cansaço e ausência.
Um reflexo distorcido ao espelho,
foge de mim ao ver o desespero.

Olhos tão profundos que miram sabe-se lá o que...
No fundo, no fundo brilham meus olhos
mas não se pode ver...
E por que brilham ainda esses olhos profundos?

Sabe-se lá o porque ...

Antônio Piaia


Nenhum comentário:

Postar um comentário